Queixa
Polícia vai continuar a identificar e deter quem faça pinturas 'ilegais'
por V.M.
Polícia vai continuar a identificar e deter quem faça pinturas 'ilegais'
por V.M.
A actuação dos agentes da PSP das Olaias, Lisboa, quando identificaram e detiveram cinco jovens militantes da JCP (Juventude Comunista Portuguesa) que estavam a pintar palavras de ordem numa rotunda, foi desencadeada por "queixas de vários cidadãos". Segundo fonte oficial desta força de segurança, "aquele espaço é propriedade privada e só com autorização do proprietário seria permitido fazer as pinturas".
De acordo com fonte autorizada da Direcção Nacional da PSP, a lei define que "as mensagens de cariz político só podem ser pintadas ou, no caso dos cartazes, coladas, em locais que os municípios têm reservado para as mesmas". Não foi essa, contudo, a avaliação do Tribunal Constitucional (ver caixa em cima).
A PSP nega peremptoriamente que se trate de "qualquer tipo de perseguição política" e argumenta que "não se pode permitir que qualquer espaço seja preenchido com 'grafittis' ou propaganda política".
O episódio das Olaias, que envolveu os estudantes da escola António Arroio, é, na opinião da polícia, "um desses casos". "Trata-se de propriedade privada e, como tal, não pode ser utilizada para aquele efeito".
O porta-voz oficial da PSP confirma que "por estar em causa um crime semi-público (dano em propriedade privada), os jovens foram identificados e conduzidos à Esquadra".
Confirma ainda a "revista sumária" a duas das raparigas, que foram obrigadas a despir-se totalmente, "conforme decorre das medidas cautelares de polícia. Nestas revistas, para além da possível ocultação de armas, de fogo ou brancas, são também procurados produtos cujo transporte pode ser considerado crime, nomeadamente drogas".
(in Diário de Notícias).
De acordo com fonte autorizada da Direcção Nacional da PSP, a lei define que "as mensagens de cariz político só podem ser pintadas ou, no caso dos cartazes, coladas, em locais que os municípios têm reservado para as mesmas". Não foi essa, contudo, a avaliação do Tribunal Constitucional (ver caixa em cima).
A PSP nega peremptoriamente que se trate de "qualquer tipo de perseguição política" e argumenta que "não se pode permitir que qualquer espaço seja preenchido com 'grafittis' ou propaganda política".
O episódio das Olaias, que envolveu os estudantes da escola António Arroio, é, na opinião da polícia, "um desses casos". "Trata-se de propriedade privada e, como tal, não pode ser utilizada para aquele efeito".
O porta-voz oficial da PSP confirma que "por estar em causa um crime semi-público (dano em propriedade privada), os jovens foram identificados e conduzidos à Esquadra".
Confirma ainda a "revista sumária" a duas das raparigas, que foram obrigadas a despir-se totalmente, "conforme decorre das medidas cautelares de polícia. Nestas revistas, para além da possível ocultação de armas, de fogo ou brancas, são também procurados produtos cujo transporte pode ser considerado crime, nomeadamente drogas".
(in Diário de Notícias).
1 comentário:
deixo aqui um comentário que deixei no cidadania apenas com três adendas:
1-desde quando uma rotunda é propriedade privada?
2 Das raparigas, despidas totalmente e humilhadas pelo menos uma é menor de idade e no minimo deveriam ter esperado pelo encarregado de educação para proceder á revista.Nada ,mas nada, levantava qualquer indicio que os miúdos eram criminosos, que poderiam ter armas ,quiçá uma metrelhadora escondida dentro das calças.
3-este caso não tem como pretexro prevenir nada e não passa de um caso puramente politico e de abuso desnecessário de autoridade.
...
Ponto prévio: conheço uma das pessoas envolvidas e injustificadamente humilhadas. 2º ponto prévio:Não pertenço a esta ou a qualquer organização partidária.3º ponto prévio:Não sou, absolutamente, a favor da pintura de murais ou rabiscos nas paredes.
Mas as questões de fundo não são essas.
1º não vejo o grafitti ser perseguido da mesma maneira. Salvo rarissimas excepções o grafitti é feio, destrói e sobretudo dá um ar degradado aos locais. O que eu não vejo é serem protegidos com o mesmo zelo os monumentos nacionais ou os bairros históricos constantemente grafítados e não me lembro que alguém tenha sido detido ao faze-lo nem que lhes tenha sido aplicada uma pena eficiente e dissuasora, que obviamente não passa pela humilhação dentro de uma esquadra.O que eu vejo é uma câmara que promove ela própria o grafitti a pretexto de ser arte( não percebo como é que se permitiu a pintura de um edifício de tijolo em Stª Apolónia, ou há bem pouco tempo a grafitagem do chão da rua do Carmo e do chão junto ao padrão dos descobrimentos com publicidade a uma marca de cervejas, só para dar alguns exemplos).O que eu vejo é quase sempre publicidade nesses grafittis permitidos mais ou menos encapotada.Já para não falar da avalanche de publicidade que todos os dias invade as nossas ruas e que aqui tem sido regularmente denunciada.Se as autoridades não dão exemplo, porque é que estes jovens não o podem fazer?(obviamente este argumento não justifica nada mas não podemos andar constantemente com a história do "faz o que eu digo, não o que eu faço")
2ºO que eu não vejo é o mesmo zelo com ladrões , traficantes de droga, que todos vêm , todos os dias no mesmo local, seja junto as escolas , seja no nosso bairro . A esses ninguém os manda despir , ninguém humilha , ninguém incomoda.
3º. a pintura de murais é legal no nosso País e nada justifica a actuação da policia , da maneira que o fez.Poderia e deveria ter agido de outra maneira.Porque é que uma pessoa que pinta um mural é tratada pior que um consumidor ou traficante de droga?
A cidade não é uma tela de pintura,diz com razão Julio Amorim, mas não deve sê-lo para todos e não apenas para alguns.
9:54 AM
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