De acordo com os porta-vozes da Fertagus e da Transtejo/Soflusa, a impossibilidade de carregar diferentes títulos de viagem de um único ou de vários operadores num mesmo suporte resulta das limitações tecnológicas do próprio cartão, limitações essas que a OTLIS (agrupamento de empresas que gere o Viva Viagem) está a tentar ultrapassar junto dos fornecedores.
Opinião diferente tem José Viegas, professor universitário do Instituto Superior Técnico de Lisboa e especialista em transportes, para quem o problema é de organização, ou, como diz, o que torna tudo mais confuso é o "muito deficiente enquadramento administrativo e contratual" do sistema tarifário e de remuneração dos operadores, e não o equipamento tecnológico.
Mas, como se não chegasse a ambiguidade e a pouca clareza das instruções transmitidas pelos ecrãs tácteis das máquinas, ainda sucede que de operador para operador as máquinas variam e o modo de as utilizar também. Nalguns casos, o sistema transforma-se numa charada. É o que acontece quando se tem de optar entre uma modalidade de carregamento chamada zapping e outra. Às vezes, sobretudo no metro, ainda aparece um segurança prestável que dá uma ajuda e explica que a modalidade zapping permite carregar o cartão com dinheiro utilizável em alguns dos operadores - com as excepções da CP e da Fertagus -, em vez de o carregar com viagens que se podem efectuar apenas na empresa em cuja máquina se faz o carregamento.
(Público).
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