Quando uma das «bloggers» mais lidas em Portugal, e promissora empresária, decide enfrentar a burocracia camarária o resultado só podia ser hilariante e burlesco. É que isto de ser solidário com o país, através do desenvolvimento da actividade económica, tem muito que se lhe diga. Convém ser feito a partir de Cabo Verde e não de Lisboa. Sugerimos também que alguém procure a funcionária municipal e lhe dê o parabéns. Afinal, parece que não há má publicidade.
- Bom dia, queríamos pedir uma licença para...
- Isso não é aqui.
- Desculpe?
- Isso é nas Finanças.
- Mas nós telefonámos e disseram-nos que era aqui. Até trazemos os papéis que nos pediram.
- (mirada rápida aos papéis) Ah! O que vocês querem é uma licença de utilização. Isso é outra coisa! Isso é aqui.
(pois, se deixasse as pessoas acabarem as frases em vez de as tentar recambiar logo para outro lado, se calhar percebia logo à primeira)
- O espaço já tem uma licença da loja antiga que estava lá, nós queremos revalidar.
- Mas não estou a encontrar aqui nada no computador. Isso deve ser muito antigo. Não vos posso dar a licença.
- Pois, mas nós precisamos dela.
- Mas para quê?
- Desculpe?
- Para que é que querem a licença de utilização? Quem é que vos pediu isso?
- Como assim?
- Que entidade é que vos pediu isso?
- Nenhuma. Nós é que partimos do pressuposto que era necessário ter uma licença de utilização para um espaço comercial.
- Mas para quê?
- Imagine que um fiscal da Câmara vai à loja e nos pede licença...
- Ah, isso aí depende do fiscal que apanharem.
E pronto, esta foi a conversa surreal que tivemos ontem de manhã com uma mui solícita funcionária da Câmara de Lisboa. Perdemos mais de uma hora para não resolver coisa nenhuma. Aparentemente, o problema aqui é nós querermos fazer as coisas certinhas, para não terem por onde pegar. Mas a partir do momento em que a própria Câmara nos pergunta para que é que queremos a licença e nos diz que sermos ou não multadas é uma coisa que depende do fiscal que nos calhar em sorte, está tudo explicadinho. Mas se ousarmos abrir a loja sem uma licença, está bom de ver que a multa será choruda. Agora parece que temos de aguardar, que é a coisa que mais nos dizem. "Agora é preciso aguardar". Alguém da Câmara há-de ligar, um dia, com sorte ainda em 2011, a dizer se já temos ou não licença. Está certo.
- Bom dia, queríamos pedir uma licença para...
- Isso não é aqui.
- Desculpe?
- Isso é nas Finanças.
- Mas nós telefonámos e disseram-nos que era aqui. Até trazemos os papéis que nos pediram.
- (mirada rápida aos papéis) Ah! O que vocês querem é uma licença de utilização. Isso é outra coisa! Isso é aqui.
(pois, se deixasse as pessoas acabarem as frases em vez de as tentar recambiar logo para outro lado, se calhar percebia logo à primeira)
- O espaço já tem uma licença da loja antiga que estava lá, nós queremos revalidar.
- Mas não estou a encontrar aqui nada no computador. Isso deve ser muito antigo. Não vos posso dar a licença.
- Pois, mas nós precisamos dela.
- Mas para quê?
- Desculpe?
- Para que é que querem a licença de utilização? Quem é que vos pediu isso?
- Como assim?
- Que entidade é que vos pediu isso?
- Nenhuma. Nós é que partimos do pressuposto que era necessário ter uma licença de utilização para um espaço comercial.
- Mas para quê?
- Imagine que um fiscal da Câmara vai à loja e nos pede licença...
- Ah, isso aí depende do fiscal que apanharem.
E pronto, esta foi a conversa surreal que tivemos ontem de manhã com uma mui solícita funcionária da Câmara de Lisboa. Perdemos mais de uma hora para não resolver coisa nenhuma. Aparentemente, o problema aqui é nós querermos fazer as coisas certinhas, para não terem por onde pegar. Mas a partir do momento em que a própria Câmara nos pergunta para que é que queremos a licença e nos diz que sermos ou não multadas é uma coisa que depende do fiscal que nos calhar em sorte, está tudo explicadinho. Mas se ousarmos abrir a loja sem uma licença, está bom de ver que a multa será choruda. Agora parece que temos de aguardar, que é a coisa que mais nos dizem. "Agora é preciso aguardar". Alguém da Câmara há-de ligar, um dia, com sorte ainda em 2011, a dizer se já temos ou não licença. Está certo.
1 comentário:
Boa Noite,
Tome nota de todos os funcionários com que falou e o que lhe disseram e abra a loja sem licença. Se um dia lhe quiserem pegar, conte-lhes como tudo se passou. Se a quiserem multar recorra para tribunal.
Boa sorte.
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