terça-feira, 2 de novembro de 2010

Os bândalos, os bândalos.





Vandalismo custa milhares a empresas de transportes

As contas deste ano ainda não estão fechadas mas, em 2009, CP, Carris e TST perderam 240 mil euros. Apesar de tudo, a tendência é de redução deste problema

Este ano, os actos já contabilizados de vandalismo em transportes públicos custaram muitos milhares de euros às empresas de transportes na área da Grande Lisboa. Mas as contas do ano passado já estão fechadas e são de muitas dezenas de milhares de euros.

Vidros partidos, cadeiras destruídas e graffiti são os actos mais frequentes na destruição, por norma fútil, deste património. Os dados referentes aos actos de vandalismo até Agosto deste ano mostram que a Carris já perdeu cerca de 48 mil euros. Os Transportes Sul do Tejo (TST) não especificam a quanto ascendem os custos resultantes de destruição de equipamento em 2010, indicando porém que registam uma descida de oito por cento face aos oito primeiros meses do ano passado.

Relativamente a 2009, o valor dos prejuízos provocados pelos actos de vandalismo em algumas das transportadoras na Grande Lisboa ascendeu aos 240 500 euros. Das empresas de transportes, a CP (Comboios de Portugal) foi a mais lesada, tendo sofrido estragos avaliados em mais de 150 mil euros.

A Carris foi a segunda empresa que contabilizou mais prejuízos no ano passado. A quebra de vidros por apedrejamento, a destruição de cadeiras e os graffiti custaram-lhe um total de 76 500 euros. A TST foi a menos lesada das contactadas pelo DN. Os danos tiveram, em 2009, um custo de dez mil euros, aos quais se devem acrescentar 4000 euros por custos de imobilização das viaturas.

Das quatro empresas contactadas pelo DN, o Metropolitano de Lisboa (ML) foi a única que se recusou a divulgar estes valores, remetendo para o Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicação, que também negou o acesso aos dados.

Apesar de manter estes dados em segredo, o metropolitano, através de fonte oficial da empresa, informou que Lisboa é a cidade onde se verifica o menor número de actos de vandalismo nas redes de Metro.

As várias empresas de transporte de passageiros admitem que, com o reforço policial e com a instalação de câmaras de vigilância, os actos de vandalismo, até Agosto deste ano, reduziram.

A CP é uma das empresas que decidiram aplicar várias medidas, como a contratação de segurança privada e câmaras de vigilância, tanto nos comboios como nas estações.

A Carris, por sua vez, defende que o combate à criminalidade e à delinquência é da responsabilidade das autoridades policiais, a Carris "tem colaborado sempre, activa e empenhadamente" nesse esforço.

Também os TST garantem ter estabelecido um relacionamento estreito com a polícia, que possibilita intervenções sempre que existam informações de potenciais práticas de vandalismo, afirmou fonte da empresa.

As pessoas apanhadas a destruir património das transportadoras são levadas para a PSP, onde prestam depoimento. As penas aplicadas são normalmente o pagamento dos danos, evitando os tribunais.

(in Diário de Notícias).

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