segunda-feira, 17 de maio de 2010

Obras.

Obra atrasa metro de seis carruagens
por DANIEL LAM
Os passageiros da Linha Verde vão ter de continuar a viajar em comboios curtos durante mais dois ou três anos.
Na Linha Verde do Metropolitano de Lisboa (ML), entre Cais do Sodré e Telheiras, ainda não circulam comboios de seis carruagens, porque falta prolongar os cais das estações Areeiro e Arroios, que só podem receber quatro carruagens. As obras no Areeiro começaram este ano e terminam em 2012. Arroios ainda não tem obras, desconhecendo-se quando poderão passar a transitar comboios de seis carruagens naquela linha. Um atraso longo, pois, em 2003, a administração do ML garantiu ao DN que, no final de 2005, a Linha Verde já receberia seis carruagens, tal como todas as restantes linhas.
A administração actual, presidida por Joaquim Reis, refere que, "de momento, a estação Areeiro é a única que está em fase de remodelação, com intervenção do arquitecto Manuel Barradas. As obras consistem no alargamento do cais, de 70 para 105 metros, por meio de demolição de cerca de 30 metros de túnel a sul da estação, para poder comportar comboios de seis carruagens".
"Estamos ainda a proceder à criação de um novo átrio a sul e à reformulação geral do revestimento, bem como à reposição/colocação de instalações técnicas, de telecomunicações e de nova sinalética em toda a estação do Areeiro, prevendo-se que a obra esteja concluída em meados de 2012", explicou ao DN a mesma fonte.
Os trabalhos à superfície começaram há cerca de três meses, com a instalação de um estaleiro entre as avenidas Almirante Reis e João XXI, que condiciona o trânsito ao cimo da Almirante Reis para a Praça Francisco Sá Carneiro, mais conhecida como rotunda do Areeiro. No último quarteirão da Almirante Reis, verifica-se uma redução de três para duas vias de rodagem.
Já em 2003, o então vogal da administração do ML, Tomás Leiria Pinto, admitia ao DN que as obras no Areeiro "são muito complicadas, porque a estação fica entalada entre uma série de estradas".
Além disso, salientou que, "quando construíram o túnel da Avenida João XXI, empurraram todas as infra-estruturas subterrâneas - canalizações de água, esgotos e gás, rede telefónica, de electricidade e televisão por cabo - para o lado do metro, que vai ter de desviar isso tudo outra vez para ganhar espaço e poder ampliar a estação Areeiro".
Em 2012, quando terminarem as obras no Areeiro, ainda não poderão avançar comboios de seis carruagens para a Linha Verde, porque continua a faltar prolongar os cais da estação Arroios, que só têm capacidade para receber quatro carruagens.
Quanto à ampliação e remodelação da estação Arroios, informações recolhidas pelo DN junto da empresa pública referem que ainda se encontra "em fase de elaboração de projectos e de preparação de processos de concursos".
Fonte da administração do ML adiantou que a estação Arroios conta com a intervenção do arquitecto Manuel Barradas, mas admite que "não existe, ainda, uma data final" de conclusão da obra.
Significa que os passageiros da Linha Verde do metro vão ter de continuar a viajar "entalados" em comboios de apenas quatro carruagens, pelo menos durante mais dois ou três anos.
(in Público).

3 comentários:

Bic Laranja disse...

A estação de Arroios (como todo o bairro) anda numa miséria a que ninguém dá a mínima.
E à parte isso veja-se este falar "que condiciona o trânsito ao cimo da Almirante Reis para a Praça Francisco Sá Carneiro, mais conhecida como rotunda do Areeiro". Pensei que gente tão bem informada soubesse de que a praça do Areeiro é a Praça do Areeiro. Não se lhe chama rotunda nem aquilo do Sá Carneiro Carneiro existe.
Cumpts.

JB disse...

Ou seja faz-se uma Linha de metro para o Aeroporto que já devia estar terminada em Outubro de 2009, e ainda está em obras, ainda por cima para um aeroporto com funeral programado para 2013.
E a Linha Verde continua a ser a mais atrasada do Metro de Lisboa
Boa

Nuno Castelo-Branco disse...

E que tal tirarem o mamarracho que se vê na imagem e transferirem-no para a sede do PSD? Isso é que era uma grande ideia.