Idosa ferida em incêndio que atingiu prédio de Arroios
Bombeiros encontraram um cenário de insalubridade na casa onde começou o fogo
TELMA ROQUE
Uma moradora ficou ontem ferida na sequência de um incêndio que deflagrou na sua habitação, situada em Arroios, em Lisboa. A vítima, com cerca de 70 anos, ficou internada no Hospital de Santa Maria, devido a queimaduras e inalação de fumos.
Cerca de uma hora antes, mas no Largo Calderon Dinis, no Casal dos Machados, perto da Expo, quatro pessoas tiveram de ser evacuadas devido a um incêndio que deflagrou num nono andar de um edifício. Apesar do susto, ninguém ficou ferido, revelou uma fonte do Regimento de Sapadores Bombeiros (RSB) de Lisboa. "Foi uma situação difícil de combater por se tratar de um nono andar e haver muito fumo", explicou a fonte do RSB, acrescentando que as chamas tiveram início na sala da habitação, que sofreu muitos danos, não se propagando ao resto do apartamento.
"Fujam, fujam, que há fogo!", gritou Maria Alice aos vizinhos, ao aperceber-se das labaredas que saltavam de uma janela do segundo andar frente do número 29 da Rua António Pedro, em Arroios, Lisboa. Esta moradora, que reside no rés-do-chão, estava em casa quando deflagrou o incêndio, mas só deu conta das chamas quando foi à escada para ver o correio. Pouco passava do meio-dia.
"Já andava fumo por todo o lado. Nisto, oiço um estrondo. Eram os estores a cair para a rua, derretidos pelo calor. Apanhei um susto tão grande que ainda tenho as pernas a tremer", contou.
Apesar das labaredas, a moradora da casa que estava em chamas, mantinha-se sentada nas escadas, juntamente com outra vizinha, sem reacção. Só mais tarde, e depois de terem sido alertadas para os riscos, as duas vieram para a rua, para ficarem a salvo.
Não se viam as escadas
Uma idosa que reside no quarto andar acabou por ser evacuada com a ajuda dos Sapadores Bombeiros, que entretanto foram chamados. "O fumo era tanto que não se viam as escadas", confessou.
"Era uma quantidade de lume que só visto. As labaredas chegavam ao andar de cima. O que vale é que os bombeiros foram de uma eficácia tremenda", sublinhou José Garcia, que estava a passar na rua, quando começou o fogo.
A origem do incêndio não está ainda determinada. O fogo acabou por revelar um cenário de insalubridade. Maria José, viúva, acumulava lixo em casa e muitas roupas, tapetes e carpetes. Um autêntico barril de pólvora. O JN apurou que esta situação - a par de queixas de humidades por parte dos vizinhos - já tinha obrigado o Regimento de Sapadores Bombeiros a deslocar-se ao apartamento outras vezes.
De acordo com fonte do INEM, a moradora sofreu queimaduras de segundo grau e um edema na língua, além de ter inalado muito fumo, tendo sido encaminhada para o Hospital de Santa Maria, onde ficou internada. Terá ainda problemas psíquicos. As chamas tiveram origem no quarto de Maria José, que ficou totalmente destruído. O apartamento não tem, para já, condições de habitabilidade. Emília Castela, responsável pela Protecção Civil de Lisboa, garantiu ao JN que está a acompanhar o caso e que a família da idosa já foi contactada.
As chamas causaram danos num dos quartos do terceiro andar, devido ao fumo, e num primeiro andar, devido à água.
Cerca de uma hora antes, mas no Largo Calderon Dinis, no Casal dos Machados, perto da Expo, quatro pessoas tiveram de ser evacuadas devido a um incêndio que deflagrou num nono andar de um edifício. Apesar do susto, ninguém ficou ferido, revelou uma fonte do Regimento de Sapadores Bombeiros (RSB) de Lisboa. "Foi uma situação difícil de combater por se tratar de um nono andar e haver muito fumo", explicou a fonte do RSB, acrescentando que as chamas tiveram início na sala da habitação, que sofreu muitos danos, não se propagando ao resto do apartamento.
"Fujam, fujam, que há fogo!", gritou Maria Alice aos vizinhos, ao aperceber-se das labaredas que saltavam de uma janela do segundo andar frente do número 29 da Rua António Pedro, em Arroios, Lisboa. Esta moradora, que reside no rés-do-chão, estava em casa quando deflagrou o incêndio, mas só deu conta das chamas quando foi à escada para ver o correio. Pouco passava do meio-dia.
"Já andava fumo por todo o lado. Nisto, oiço um estrondo. Eram os estores a cair para a rua, derretidos pelo calor. Apanhei um susto tão grande que ainda tenho as pernas a tremer", contou.
Apesar das labaredas, a moradora da casa que estava em chamas, mantinha-se sentada nas escadas, juntamente com outra vizinha, sem reacção. Só mais tarde, e depois de terem sido alertadas para os riscos, as duas vieram para a rua, para ficarem a salvo.
Não se viam as escadas
Uma idosa que reside no quarto andar acabou por ser evacuada com a ajuda dos Sapadores Bombeiros, que entretanto foram chamados. "O fumo era tanto que não se viam as escadas", confessou.
"Era uma quantidade de lume que só visto. As labaredas chegavam ao andar de cima. O que vale é que os bombeiros foram de uma eficácia tremenda", sublinhou José Garcia, que estava a passar na rua, quando começou o fogo.
A origem do incêndio não está ainda determinada. O fogo acabou por revelar um cenário de insalubridade. Maria José, viúva, acumulava lixo em casa e muitas roupas, tapetes e carpetes. Um autêntico barril de pólvora. O JN apurou que esta situação - a par de queixas de humidades por parte dos vizinhos - já tinha obrigado o Regimento de Sapadores Bombeiros a deslocar-se ao apartamento outras vezes.
De acordo com fonte do INEM, a moradora sofreu queimaduras de segundo grau e um edema na língua, além de ter inalado muito fumo, tendo sido encaminhada para o Hospital de Santa Maria, onde ficou internada. Terá ainda problemas psíquicos. As chamas tiveram origem no quarto de Maria José, que ficou totalmente destruído. O apartamento não tem, para já, condições de habitabilidade. Emília Castela, responsável pela Protecção Civil de Lisboa, garantiu ao JN que está a acompanhar o caso e que a família da idosa já foi contactada.
As chamas causaram danos num dos quartos do terceiro andar, devido ao fumo, e num primeiro andar, devido à água.
(in Jornal de Notícias).
Sem comentários:
Enviar um comentário