quinta-feira, 27 de maio de 2010

Doces Conventuais em São Vicente: de comer e rezar por mais.















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Mostra de doces conventuais no Mosteiro de São Vicente de Fora
Por António Marujo

A partir de amanhã, e até domingo, dia 6 de Junho, no Mosteiro de São Vicente de Fora, em Lisboa, decorre a 1.ª Mostra de Produtos Conventuais. Bolachas, compotas, licores e também objectos religiosos, ícones, pinturas, esculturas, artesanato e outros estarão à disposição dos interessados em conhecer o que se faz nos mosteiros e conventos portugueses.

Para já, são 14 as ordens e congregações religiosas (mais um seminário e um centro de espiritualidade) participantes nestas Artes do Claustro. A ideia começou por ser pensada só para a área de Lisboa, mas rapidamente foi alargada a todo o país, se bem que ainda a um âmbito reduzido.

"Vamos ver e, se correr bem, será para continuar", diz ao PÚBLICO Sandra Costa Saldanha, directora do Serviço de Património do Patriarcado de Lisboa. O ritmo anual e o alargamento da participação ao maior leque possível de mosteiros e conventos são as duas ideias em perspectiva.

A mostra será inaugurada às 12h30, está aberta todos os dias (excepto segunda) das 12h às 22h (sextas e sábados até às 24h). Nos dias 29 de Maio, 1, 3 e 5 de Junho, haverá chá no mosteiro, às 17h, servido pelo Convento dos Cardaes. Sábado, dia 5, às 19h30, há um concerto de cravo com Flávia Castro e na sexta-feira, dia 4, um outro com o coro da Universidade Católica.

Amanhã e sábado realiza-se o colóquio Mosteiro de São Vicente de Fora - Arte e História, que inclui a apresentação de uma monografia sobre o mesmo. A publicação resulta de uma investigação sobre o património e a história do mosteiro - que na época filipina era definido como "hum dos mayores e magníficos templos não só de todo o Reyno mas da Europa".

Reunindo um conjunto de investigadores, este trabalho pretende ser a primeira obra de referência sobre São Vicente de Fora. O colóquio, com vários dos especialistas que colaboraram no livro, incluirá não só conferências formais, mas também visitas guiadas aos próprios espaços.

Além da história do mosteiro, serão analisados temas como a arquitectura, os mármores, a pintura, a azulejaria, os retábulos, a escultura e os panteões. O livro é apresentado amanhã, às 18h30, pelo bispo e historiador D. Carlos Azevedo.

(Público).

3 comentários:

J A disse...

Por favor ....reservem alguns daqueles amarelinhos lá em cima! Porque raio é que não mantemos o nível do resto....ao nível da pastelaria ?

POETAROMASI disse...

Muito obrigado por me dar a conhecer esta excelente iniciativa do Patriarcado.
S. Vicente de Fora é para mim um local místico e uma paixão. Lá vivi, ou melhor para lá andei durante mais de 10 anos, nos anos 60 do século passado. Tive ali muitos amigos, conheço a igreja e os claustros "a palmo". Fui ali muito feliz, participando activamente no dia-a-dia da paróquia.
Foi ali que quase sem saber fui influenciado pela poesia do bom Padre José Correia da Cunha. Também pratiquei arqueologia naquela Igreja durante mais de 40 anos.
Tudo isto para acrescentar que aquela bela Igreja tem outros interesses suficientes para uma demorada visita. Ao Sábado será difícil estacionar a viatura, melhor será utilizar o transporte público.
Se lá for visitem o Mosteiro. Subam à torre da Igreja e vejam Alfama e o rio de outra perspectiva. Visitem o Panteão da Casa de Bragança, local onde estão sepultados quase todos os Reis da Quarta Dinastia. Visitem a Portaria e vejam os lindos painéis em azulejo (a conquista de Lisboa ao Mouros etc.) Vão visitar a linda sacristia com madeiras de jacarandá e pau-santo. No chão da sacristia que tive o gosto em participar nas escavações arqueológicas estão sepultados alguns Cavaleiros Teutónicos que morreram na conquista de Lisboa ao Mouros. Só não se vêem os túmulos em pedra pois não autorizaram que se colocasse vidro ou outro acesso à História de Lisboa. Mas não foi só isso: na Cerca do Convento descobrimos dois Silos Árabes intactos e também nos obrigaram a tapar...
De volta ao Convento, visitem a Sala dos Meninos de Palhavã filhos de D.João V e da Madre Teresa do Convento de Odivelas. Ainda existem as fábulas, os motivos de locais dos descobrimentos, tudo em painéis de azulejos da Fábrica do Rato. Já agora vejam a colecção de tecidos e o nosso museu de arqueologia.
No final de tudo isto beberemos um chá e comeremos uns bolinhos conventuais.
Boa visita! Talvez me vejam por lá amanhã à noite.
Rogério Martins Simões

POETAROMASI disse...

Desculpem: em vez de Madre Teresa é, Madre Paula.
Rogério Martins Simões