O geógrafo Luís Zêzere, da Universidade de Lisboa, identificou as cheias, as derrocadas e um eventual sismo como os riscos naturais mais prováveis na capital e defendeu limites à construção nas zonas onde as inundações são mais prováveis.
Luís Zêzere apresenta hoje os "Riscos e vulnerabilidade na AML" (Área Metropolitana de Lisboa) durante a "Festa da Geografia", que reúne até domingo, em Mirandela, geógrafos portugueses e estrangeiros, este ano sob o tema "Territórios de Risco".
O investigador analisou a possibilidade de acontecerem na AML riscos naturais como inundação por tsunami, sismo, erosão do litoral, movimentos de massa em vertentes, cheias e inundações, incêndios florestais e riscos tecnológicos, definindo quais os territórios onde é mais provável que ocorram estes fenómenos.
Concluiu que os riscos mais problemáticos são as cheias, as derrocadas e a possibilidade de um sismo.
E se para o caso dos sismos não há muito a fazer, a solução para evitar tragédias em caso de cheias ou derrocadas, para este geógrafo, é simples: basta proibir a construção em zonas onde existe uma probabilidade elevada de ocorrerem.
"A solução é claramente não edificar mais. As cheias ocorrem em zonas muito mais delimitadas e é fácil evitá-las, porque são até áreas com outros tipos de interesses, onde podemos ter parques urbanos, ou agricultura, ou outro tipo de utilização", disse à Lusa.
Instabilidade das vertentes
Segundo este geógrafo, há ainda um perigo frequente na AML, que é a instabilidade das vertentes e os deslizamentos, que se sucederam neste Inverno. "É o caso da encosta de Campolide ou do caso da derrocada que interrompeu a CREL durante três meses", exemplificou, salientando que este risco atinge sobretudo os concelhos de Loures, Vila Franca de Xira, Mafra e, já fora da AML, Arruda dos Vinhos.
Zêzere considerou que Portugal tem uma boa lei a reger a construção anti-sísmica no país, que vem já desde os anos 80. "Partindo do princípio de que esta lei está a ser cumprida, não é suposto que tenhamos muitos problemas para a construção posterior a 1983. No entanto, não é seguro que isto aconteça, porque, em abono da verdade, a fiscalização não é muito eficaz e só saberemos se as regras anti-sísmicas estarão a ser cumpridas quando houver um sismo grande", considerou.
(in Jornal de Notícias).
Luís Zêzere apresenta hoje os "Riscos e vulnerabilidade na AML" (Área Metropolitana de Lisboa) durante a "Festa da Geografia", que reúne até domingo, em Mirandela, geógrafos portugueses e estrangeiros, este ano sob o tema "Territórios de Risco".
O investigador analisou a possibilidade de acontecerem na AML riscos naturais como inundação por tsunami, sismo, erosão do litoral, movimentos de massa em vertentes, cheias e inundações, incêndios florestais e riscos tecnológicos, definindo quais os territórios onde é mais provável que ocorram estes fenómenos.
Concluiu que os riscos mais problemáticos são as cheias, as derrocadas e a possibilidade de um sismo.
E se para o caso dos sismos não há muito a fazer, a solução para evitar tragédias em caso de cheias ou derrocadas, para este geógrafo, é simples: basta proibir a construção em zonas onde existe uma probabilidade elevada de ocorrerem.
"A solução é claramente não edificar mais. As cheias ocorrem em zonas muito mais delimitadas e é fácil evitá-las, porque são até áreas com outros tipos de interesses, onde podemos ter parques urbanos, ou agricultura, ou outro tipo de utilização", disse à Lusa.
Instabilidade das vertentes
Segundo este geógrafo, há ainda um perigo frequente na AML, que é a instabilidade das vertentes e os deslizamentos, que se sucederam neste Inverno. "É o caso da encosta de Campolide ou do caso da derrocada que interrompeu a CREL durante três meses", exemplificou, salientando que este risco atinge sobretudo os concelhos de Loures, Vila Franca de Xira, Mafra e, já fora da AML, Arruda dos Vinhos.
Zêzere considerou que Portugal tem uma boa lei a reger a construção anti-sísmica no país, que vem já desde os anos 80. "Partindo do princípio de que esta lei está a ser cumprida, não é suposto que tenhamos muitos problemas para a construção posterior a 1983. No entanto, não é seguro que isto aconteça, porque, em abono da verdade, a fiscalização não é muito eficaz e só saberemos se as regras anti-sísmicas estarão a ser cumpridas quando houver um sismo grande", considerou.
(in Jornal de Notícias).
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