quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Adega Machado: encerrada.


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Amália Rodrigues cantou lá várias vezes e era cliente habitual, Mariza pisou o palco quando ainda era criança. No entanto, ao fim de 72 anos de portas abertas, o fado da Adega Machado, situada no Bairro Alto, em Lisboa, deixou de se escutar no domingo.
A gerência da sala de espectáculos assume estar "atolada em dívidas" e, na sequência do fecho, há 28 pessoas no desemprego, dos quais quatro são fadistas, dois guitarristas e seis integram um grupo de folclore em regime de colaboração.
"Não vai voltar a abrir. As dívidas foram-se acumulando desde 2001. A minha vida foi destruída ali dentro", disse ao CM, com mágoa, o actual gerente, Filipe Machado. Na lista das facturas em falta estão pagamentos a fornecedores, IVA e contribuições à Segurança Social.
Quem não se conforma com a situação são os ex-funcionários da casa de espectáculos, fundada em 1937 pelos artistas Armando e Maria de Lourdes Machado, que dizem ter "casa cheia" aos fins-de--semana. A fadista Ana Carvalho reconhece que já houve crises, mas até agora passageiras: "Durante estes meses foi das casas de fado que melhor trabalhou. O que houve foi má gerência. Andamos todos num desespero", lamentou-se ao CM.
(«Correio da Manhã»).

1 comentário:

Fadista disse...

Como alguém já disse por aí, a propósito, os pais fazem sacrifícios, os filhos vivem à sombra e os netos desbaratam...