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Na Praça Afonso de Albuquerque havia um barracão que servia de restaurante-bar. Mesmo em frente ao actual Museu dos Coches. Ao actual e ao futuro, pois a entrada do futuro Museu também ficará a dar para aqui. A propósito do novo Museu: não parece que, na actual conjuntura, gastar 30 milhões de euros num Museu dos Coches quando já existe um Museu dos Coches é assim um bocadinho arrojado? Mas não nos desviemos desta história portuguesa. Havia um barracão, semidestruído. Nós denunciámos aqui. mandaram abaixo. Nós saudámos aqui. Mas, dias depois... vai de lá botar um posto de venda de gelados. Não podem ver um espaço vazio...
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E aqui está ele, novinho em folha. Pronto a estrear.
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Gelados pedem frio, frio pede frigorífico, frigorífico pede electricidade. Electricidade?! Não há problema, Tózé, o meu cunhado faz ali uma puxada de fio que isto fica bem à maneira. Desenrasca-se já isso.
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'Tás a ver? O meu cunhado tem um jeitinho de mãos do caraças. Já cá tens luz ou não tens?
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Uma puxada de electricidade cruza os céus de Belém, como a estrela que guiou os Reis. Na Praça Afonso de Albuquerque, numa das zonas mais nobres e visitadas de Lisboa. Frente ao Museu dos Coches. Frente ao Palácio de Belém. Mas tudo isso que importa? O que importa é o TóZé ter electricidade para vender os seus nice ice-cream.
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Praça Afonso de Albuqerque.
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1 comentário:
Incrível!!!
Mas vejam também as da R. Augusta. Ainda agora lá plantaram os chapéus da Casa da Sandes, mesmo junto à R. de Santa Justa.
E tb não falta a dita puxada.
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