terça-feira, 18 de novembro de 2008

Pátio 3.



Ao subir o Alto do Varejão, abre-se um portão.



Na porta, pintado, o nº 3.



É o Pátio 3 do Alto do Varejão.



Uma porta de madeira.



E outra de alumínio.

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Alguém aparece à janela.
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Já a conhecíamos de outras andanças por aqui. No outro dia, falámos com ela enquanto trabalhava na sua querida horta, que fica nas traseiras.
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Já resta pouca gente no Pátio 3.
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O estendal de uma família. Maria das Dores tem muito orgulho no filho. Frase sim, frase não, fala dele. Amor de mãe.
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Maria das Dores. «É um nome antigo, não é?»
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Veio da Beira, há muitos anos. Fala com saudades da terra. Aqui também tem uma terra, uma nesga de terra onde cultiva legumes. O terreno é cobiçado. As casas deste e doutro pátio, o 5, são de um senhorio. Rendas baixas, obras nem vê-las. Maria das Dores compreende as dores do senhorio. Só não quer por nada deste mundo que a tirem daqui.
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