Quando eu morrer batam em latas,
Rompam aos saltos e aos pinotes,
Façam estalar no ar chicotes,
Chamem palhaços e acrobatas!
Não, não estou para mais - não quero mesmo brinquedos.
Pra quê? Até se mos dessem não saberia brincar...
Que querem fazer de mim com este enleios e medos?
Não fui feito pra festas. Larguem-me! Deixem-me sossegar...
Corro em volta de mim sem me encontrar...
Tudo oscila e se abate como espuma...
A minha vida sentou-seE não há quem a levante,
Que desde o Poente ao Levante
A minha vida fartou-se.
Por isso a sensação em mim fincada há tanto
Dum grande património algures haver perdido;
Meses depois, as gazetas
Darão críticas completas,
Indecentes e patetas,
Da minha última obra...
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